sábado, 13 de fevereiro de 2010

Liberdade: fruto de uma conquista Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Em seu constante ir-e-vir por este mundo, o homem conquista muitos bens espirituais, morais e materiais, que depois perde se não sabe fazer deles o devido uso, ou abusa das perspectivas que tais bens lhe abrem no terreno de suas possibilidades. Entre esses bens, existe um que, indubitavelmente, é o que dá conteúdo à vida e permite a ela alcançar seu mais alto expoente no homem como ser racional e espiritual: a liberdade.
É este um bem que, justamente por dar à vida seu conteúdo essencial, pode qualificar-se como supremo, pois enquanto é desfrutado existe paz e alegria em todos os corações.
Deve ser cercada de garantias e mútuo respeito entre os homens
O que expõe ao perigo de perder essa liberdade, temporária ou definitivamente, é, repetimos, o abuso ou mau uso que dela se faz, o que ocorre por não se considerar, ou por se esquecer ou ignorar, que a liberdade deve ser cercada pelo máximo de garantias e pelo mútuo respeito entre os homens e os povos.
A liberdade, que é o fruto de uma conquista que o homem fez ao cultivar sua inteligência, elevar sua moral e estender a cultura por todos os pontos da Terra, contribui para manter o equilíbrio entre seus deveres e seus direitos. Por exemplo, se tomamos o caso de um homem que, no aspecto econômico, vive folgada e livremente graças a ganhos que cobrem seu orçamento e lhe permitem desfrutar um saldo positivo, temos que, a não ser por motivos de força maior, ele sempre estará em condições, nesse particular, de se desenvolver com liberdade. Mas se, em determinada circunstância, começa a exceder-se nos gastos – não porque se vê obrigado a isso, mas porque, desviado de sua realidade, confia em novos proventos ou numa capacidade que não tem para livrar-se de dificuldades –, chegará um momento em que seu superávit se terá esfumado, e se verá em sérios apertos para cobrir suas despesas.
As consequências estão neste caso bem à vista, porquanto à medida que se foi criando e ampliando o problema econômico, que antes não existia, a liberdade desfrutada até então foi-se limitando, ao estreitar-se cada vez mais dentro de um círculo em que a existência se tornou cada dia mais precária.
Pois bem; para reconquistar essa liberdade perdida, será necessário voltar aos caminhos da anterior conduta administrativa, empenhando-se com redobrados esforços, e até com sacrifícios, para alcançar a situação que foi perdida por culpa da imprevisão.
O que acabamos de expor pode ser aplicado a todos os aspectos da vida do homem e dos povos, e merece ser tido em conta, porquanto se sabe quanto custa voltar a desfrutar a liberdade quando ela foi perdida, por dela se ter abusado ou feito um uso indevido.
Os homens e os povos nasceram para ser livres, e, quando forças estranhas ou alheias a suas vontades ameaçam extinguir essa liberdade, a alma humana sobrepõe-se a todas as contingências e a todos os sacrifícios, para que ela seja como deve ser; como é: um bem supremo, que ninguém poderia renegar sem prejudicar seriamente sua natureza humana e seu destino.
Trechos extraídos do artigo da Coletânea da Revista Logosofia Tomo 1 p. 207
www.logosofia.org.br

3 comentários:

  1. Oi Andrea!
    Eu estava me lembrando de vc e de nossas conversas sobre MFC... Resolvi dar uma olhada em seu blog. Sua história é muito interessante e comovente, aqui na UFF temos alguns exemplos de batalhadores e batalhadoras tb... E os pacientes que dizem querer medicina... A minha resposta é sempre a mesma: você pode, se você quiser. Mas tem que querer mesmo, o caminho é possível mas é arduo. Nós sabemos, no entanto que a maioria desiste. Bom, resta o consolo que só ficam os melhores, como vc!!!
    Te mandei um e-mail sobre o edital e sobre as minhas dúvidas como futuro recém-formado...
    Otavio

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  2. Olá Otávio!!! A escolha da medicina tem que ser feita pelo coração. O objetivo desse blog é mostrar a TODOS QUE COM A LUTA E DETERMINAÇÃO CONSEGUIMOS TUDO NA VIDA. NADA É FÁCIL!!! MAS CADA CONQUISTA FAZ TUDO VALER MUITO A PENA. Muito obrigada meu querido amigo e ex-estudante-voluntário-EXEMPLO COMO ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO DE MEDICINA NA UFF. FICO FELIZ EM CONTAR COM MAIS 1 EXCELENTE MÉDICO NO MUNDO. A classe médica está desavalorizada por causa de profissionais que fazem a medicina por razões mais diversas e incoerentes. Parabéns!!! Vc merce a conquista de MÉDICO FORMADO PELA UFF. Sua história também é comovente. Saudades de você.
    Bjs.
    Andréia

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